Bom dia a todos.
"Hoje amanheci imaginando se vale a pena se entregar de cabeça
A alguns tipos de relacionamentos, não falo de amor, com cumplicidade.
Aquele e comum de dois não... Falo de um tipo de dependência psíquica
Que pode nem ter definição de sentimento, uma necessidade do outro.
Que você não sabe definir o que sente, você quer ouvir a voz, que saber.
O que pensa, quer estar junto, sentir a presença... Mesmo que você sinta
Que esse outro num ta nem ai pra você, não tem o mesmo carinho, a mesma.
Amizade, cumplicidade... Seria tão bom e simples amar só quem nos ama
Se doar os amigos verdadeiros, que se importa com a gente, que sente saudade.
Que te faz um carinho quando se sente só... Dizem que isso não existe mais
Eu não posso e não quero acreditar... Vou inventar um mundo onde eu possa estar
E confiar, amar de verdade, independente de quem seja ou se mereça"
um beijo a todos.
Desfazer ligações afetivas é algo que nos desestrutura. Sair de um relacionamento amoroso, acabar com o lero-lero, com as constantes brigas e dar de cara com o desencanto, é penoso. Meses de sofrimento nos esperam.
Ninguém quer carregar a culpa consigo. Em geral, as pessoas querem sair de qualquer relação como vítimas, seja de um relacionamento amoroso, de um relacionamento com amigos ou mesmo em relações familiares. Colocar a culpa no outro é fácil e prático. Não descarto um 'ponto final' em relacionamentos difíceis; porém com certo jeito, se possível.
Fico indignada com truques, com manobras. Com tudo que agride e que humilha. E relacionamento é algo muito delicado. Vive-se com alguém por longo tempo e, de repente, vem a decepção; deu pra bolinha. E a sordidez está sempre presente: como vou sair, como vou largar, como vou me mandar: e o que vou levar...
A dificuldade em acabar uma união é tão grande que já existe, nos Estados Unidos, um site “The Relatione Ship Terminator” que, mediante um pagamento, terceiriza a 'tarefa' de comunicar à pessoa - através de telefone ou e-mail -, o fim do relacionamento. Já pensaram em receber uma comunicação dessa maneira?
Após uma longa convivência, onde houve cumplicidade, boa fé, camaradagem e amor - no caso de casais -, o mínimo que se espera é a verdade. Mas é tão impossível uma conversa sem conflitos que virou moda 'dispensar' - através de terceiros -, ou ‘plantar’ atitudes mesquinhas e truculentas para induzir o outro a cair fora. Fico pensando, então, como os afetos que unem as pessoas são frágeis...
Em qualquer tipo de relacionamento, restará, apenas, mágoa. Ou ódio. Como certas atitudes não têm volta, usar de mais sensibilidade no trato com as pessoas seria de bom tom: uma forcinha extra.
“Eu bato o portão sem fazer alarde / eu levo a carteira de identidade / uma saideira, muita saudade / e a leve impressão de que já vou tarde”. (Chico Buarque e Francis Hime).
E ponto final: tudo acabado! Mas as cicatrizes ficarão por muito tempo, ainda mais com esse novo método patenteado pelos americanos...
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